Teorias de banheira.

Um dia dei por mim a resolver problemas de matemática e geometria descritiva enquanto tomava banho, algures entre o gel de banho e o shampô, decidi escrever sobre tudo o que me vai na cabeça nestes momentos de puro ócio.

terça-feira, fevereiro 22, 2005

Teoria da Inevitabilidade.

Parece que depois daquela holiwoodesca lavagem tudo voltou à normalidade. Estou de bem com a minha banheira, apesar dos sucessivos choques eléctricos, mas ao menos tenho tido água quente.

Agora que posso, semi-confortávelmente, tomar o meu banho, decidi retomar os pensamentos que me ocupavam a mente durante estes momentos. São pensamentos, ou mesmo teorias que gosto de pensar como continuamente inconcluídas, uma vez que se vão adaptando tanto ás necessidades como á minha disposição balnear. Isto é... desde há uns anos para cá, resolvi identificar e classificar todo o tipo de patologias e problemas que me afligiam. Desde os de saúde, os amorosos (estes mais complicados que os de saúde), os académicos (estes mais simples que os amorosos), entre outros, a passar pelos existenciais e até mesmo psicológicos ou filosóficos. Como vêem, 5 minutos de água morna, dá mesmo para muita coisa.

Ora... assim sendo, vou começar por delinear os princípios base de algo a que tão eloquentemente decidi chamar "Teoria da Inevitabilidade". Esta teoria, para muitos, facilmente confundivel com algo de religioso ou até mesmo idiota, é para mim a explicação, senão a resolução de muitos dos acontecimentos da minha vida.
No meu ponto de vista o que se passa é que, no panorama caótico do Universo, especificamente a rua Barão Trovisqueira (actual residência), os factos tendem a ocorrer segundo alguma fórmula matemática que escapa á minha compreensão. Tão certo como a nossa incapacidade sobre o facto de chover ou fazer vento, também se escapa por entre os nossos dedos, qualquer poder sobre muitas das icognitas que tendem a influenciar a nossa vida.
Não sei se me estou a conseguir explicar, mas imaginem uma vida livre de culpa e ressentimento, uma cujas opções são irremediávelmente catastróficas, ou não... imaginem não terem nunca que se preocupar com as consequências dos vossos actos, nem sequer as razões que os motivaram, uma onde as fadas e os anjinhos... ok, já percebi.

Resumindo todo este "devaire", (nota mental: procurar no dicionário por esta palavra, se não encontar, escrever a lápis.), o que eu quero dizer e no qual acredito piamente, é que quando tenho um problema, não me preocupo com ele, pois todos os problemas têm uma solução. Se tenho um problema sem solução, então não me preocupo igualmente pois não é classificado como problema, passa imediatamente para a categoria de "facto", o qual está completamente fora das minhas capacidades humanas de dobrar o espaço e saltar no tempo.
No fim de tudo levo a vida como se andasse de mota num engarrafamento, enquanto todos os outros suam dentro dos carros a 10 á hora numa tarde de Agosto.

E pronto, esta teoria acaba por ser mais uma maneira de estar do que propriamente uma teoria filosófica ou existencial. Claro que ela tem o poder de se moldar a cada situação , sendo por isso mesmo uma atitude bastante versátil e consequentemente positiva.

Boas noites, fiquem bem.

4 Comments:

  • At 9:37 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Concordo plenamente: quando não os podes vencer, junta-te a eles! Será isso?

     
  • At 10:47 da tarde, Blogger Manuel Mendonça said…

    Concordo com a tua filosofia! Quer me parecer mais uma aplicação real da teoria da relatividade. O problema de ontem pode não ser um problema hoje. Por isso não vale a pena pensar nele. Agora a questão é determinar a probalidade de amanha não se ter transformado num grande problema.

     
  • At 3:59 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    A leveza do ser...

     
  • At 9:11 da tarde, Blogger Junta-te ao clube said…

    Easier said than done...
    quanto àquela coisa de não saber se vai chover... se tivesses um joelho como o meu, eras mestre da meteorologia!!!!!!
    beijos
    ziggy

     

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